sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Vila faz sua melhor partida, e goleia o Operário: 4 x 1

Com o atacante Thiago e o volante Dudu improvisados na zaga, o Operário perdeu ofensivamente. Já o Vila, trouxe Glaucio e Welerson, que estrearam fazendo gols, e o bom Wilker.

Num jogo cheio de expectativas, em que uma derrota significaria a lanterna da chave A, e grandes possibilidades de cair para a Segundona, fazendo sua melhor apresentação, o Vila Amélia não quis saber de lero-lero e goleou o Operário por quatro tentos a um, na noite desta quinta-feira, 11, no Estádio Municipal Justiniano de Mello e Silva, pela terceira rodada da Taça Cidade de Colatina. Com este resultado, o Vila deixou a incômoda posição de lanterna, e assumiu o terceiro lugar na tabela de classificação.

Promovendo as estréias de Wilker, Glaucio e Welerson, o Vila queria deixar a lanterna de sua chave e subir na tabela de classificação. Do outro lado, o Operário vinha com várias improvisações, o que deixava sua equipe bastante vulnerável, principalmente no seu setor defensivo. O jogo começou devagar, com as duas equipes se estudando e procurando uma forma de chegar ao gol adversário. Duzinho pelo Operário e Welerson, pelo Vila, tiveram boas chances de marcar, mas erraram na conclusão final.

Com uma equipe mais homogênea, e com boa participação dos estreantes, o Vila abriu o marcador aos 17 minutos, através de Glaucio. A jogada começou com o desarme de Macaná no meio campo. Com ótima visão de jogo, ele lançou Glaucio nas costas de Mateus. O atacante ganhou de seu adversário na velocidade, invadiu a área e bateu por baixo na saída de Sissi para fazer 1 x 0.

A primeira chance de gol do Moleque Travesso aconteceu numa cobrança de falta de Macaná em Igor, nas proximidades de área. Fio bateu e assustou Elton, aos 22. Jadinho, aos 29, numa cobrança de escanteio de pé trocado, quase empata num gol olímpico. A bola beijou o travessão de Elton e saiu do outro lado. Na seqüência, Kalel arriscou de fora da área, e a bola saiu rente ao poste direito de Elton.

Com saídas de bola de qualidade, as duas equipes se revezavam no ataque, mas pecavam na hora do arremate final. Aos 33, o ótimo Kalel dominou bola frontal, e soltou um canudo. Sem chance de fazer a defesa, Elton só acompanhou com os olhos. Com marcação frouxa no meio campo, o Operário deu espaço para Nego Lê municiar o ataque. Glaucio recebeu pela esquerda da grande área e, sem espaço para a conclusão, cruzou bola na medida para Welerson, livre de marcação na cara de Sissi, testar no contrapé do goleiro tricolor, e mexer no placar, fazendo 2 x 0 Vila, fechando o placar da primeira etapa.

O Moleque Travesso voltou para a segunda etapa com alterações. Eduardo na vaga de Mateus. A outra alteração foi no posicionamento de Duzinho e Kalel. O primeiro foi para o ataque, e o segundo voltou para o meio campo. O resultado foi imediato. Aos 2 minutos, Kalel roubou bola de Nego Lê e tocou no meio da zaga para Duzinho. O atacante se precipitou e bateu de fora da área, a esquerda de Elton. Aos cinco, a casa caiu. Na cobrança de uma falta de Duzinho, pela esquerda de ataque, o zagueiro Thiago subiu mais que a zaga adversária e testou com estilo para o fundo das redes e diminuiu para 2 x 1 Vila, colocando mais lenha na fogueira.

O Moleque Travesso era só pressão, e parecia que o empate sairia em questão de minutos. Com Jadinho e Kalel tomando conta do meio campo, o Operário crescia a olhos vivos, e boas chances de gol eram construídas, mas foi o Vila quem quase coloca água no chopp tricolor. Aos 9, depois de bate-rebate na área, Glaucio aproveitou rebote de Sissi e bateu para as redes. O assistente Alcenir Pereira dedurou o impedimento e o árbitro confirmou, anulando o gol.

Com o desgaste físico, as duas equipes passaram a trabalhar melhor a bola no meio campo e, com enfiadas de bolas mais precisas para seus atacantes, faziam Sissi e Elton trabalharem. Pelo lado tricolor, Jadinho era o homem encarregado de municiar o ataque, principalmente com Duzinho, que levava perigo constante ao gol canarinho. No Vila, Wilker tinha esta função.

Com as duas equipes mais preocupadas com o que a torcida mais gosta, que são os gols, o jogo ganhou ares de uma final. Aos 21. Wilker meteu bola no costado da zaga e Sissi saiu para fazer defesa arrojada nos pés de Popoio, que pegou o rebote e cruzou para o meio da área, mas não encontrou um companheiro para a conclusão a gol. Dois minutos depois, foi Renan Cal quem lançou Welerson pela esquerda da grande área, no costado de Édipo. Ele ganhou de Dudu na velocidade, tirou de Sissi e bateu pelo alto com o gol vazio, mas errou o alvo. No minuto seguinte, Wilker deixou o gramado para a entrada de Rodela, com Welerson voltando para o meio.

O jogo era lá e cá, e o torcedor sentindo o bom momento, e querendo soltar o grito de gol, permanecia tenso nas arquibancadas. Aos 26, na cobrança de uma falta frontal, Duzinho tirou da barreira e, quando a bola ia morrendo nas redes, Elton apareceu como um gato e fez excelente defesa, colocando a escanteio e evitando o empate tricolor. Desgastado fisicamente, Kalel deixou o campo para a entrada de Camilo. Aos 30, na cara de Elton, foi Igor quem perdeu ótima chance de gol.

Com a saída de Kalel, Jadinho ficou sozinho com a função de construção das jogadas de ataque tricolor. Muito pouco para quem estava em desvantagem no placar e precisava desesperadamente de uma vitória. Aos 31, o Operário sentiu na pele a possibilidade de uma queda para a Segundona. Aproveitando uma sobra de bola na entrada da grande área, depois de dividida entre Nego Lê e Thiago, Welerson bateu forte e ampliou para 3 x 1 Vila, apagando o fogo do Moleque Travesso.

Mesmo desmotivado e perdido em campo, o Operário foi prá cima em busca de um resultado pouco provável. Aos 35, Jadinho fez ótimo lançamento para Duzinho driblar seu marcador e bater fraco para a área e a jogada morrer nos pés de Macaná, que saiu jogando. Para fechar o caixão, no último minuto de jogo e ótima metida de bola de Nego Lê, Rodela só tirou de Sissi e escreveu o placar final de Vila Amélia 4 x 1 Operário.

O Operário voltará aos gramados, num jogo de vida ou morte, às 20:45 horas do dia 23, quando enfrentará o líder da chave, com 7 pontos, o Posto Ipiranga, enquanto o Vila vai encarar o RBFC no mesmo horário, porém, do dia 30, no último jogo da primeira fase da competição, já sabendo o resultado de que precisa para permanecer na Primeira Divisão.

FICHA TÉCNICA:

VILA AMÉLIA: Elton, Maxwell, Malafaia, Élcio e Popoio; Nego Lê, Macaná, Renan Cal e Wilker(Rodela); Welerson(Dudu) e Glaucio. Treinador: Dejanir do Valle
OPERÁRIO: Jadson, Mateus(Eduardo), Dudu, Thiago e Édipo; Divaldo, Fio, Jadinho e Duzinho; Kalel(Camilo) e Igor. Treinador: Sidney Francisco.
ÁRBITRO: João Luis Oliveira
ASSISTENTES: Alcenir Pereira e José Chaves da Silva

FOTO: O volante Lê(dir.) – 41 anos -, ao lado de Glaucio, que estreou fazendo o primeiro gol do Vila.

E passa a bola!

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