O Moleque Travesso começou sem Bruno e Léo, enquanto os antoninos não puderam contar com Fernandinho e Rômulo. Melhor para o Operário, que conquistou seu primeiro título no Campeonato de Bairros.
Decisão é decisão. Dá aquele friozinho na barriga, e as jogadas não fluem como queremos. Com certeza, foi assim que alguns jogadores se sentiram logo quando a bola começou a rolar na decisão do VII Campeonato de Bairros na tarde/noite deste sábado, 18, no Estádio Municipal Justiniano de Mello e Silva, onde o Garoto Travesso bateu o Santo Antonio por dois tentos a zero, e conquistou seu primeiro título desta competição.
Desfalques as duas equipes tinham. Léo e Bruno não começaram jogando no Operário. O segundo entrou aos 33, em lugar de Erisson e o primeiro, aos 8 minutos do segundo tempo. No Santo Antonio, Fernandinho e Rômulo deixaram o alvianil sem seu ponto de equilíbrio no meio campo, e a referência no ataque. Pior para os antoninos.
As duas equipes pareciam dispostas a se preservarem para a segunda etapa, e fizeram um primeiro tempo sem muitas emoções. O Moleque Travesso teve duas chances para abrir o marcador ainda nos primeiros minutos, ambas com Duzinho. Na primeira, aos 2, ele driblou seu marcador e, da entrada da área, bateu cruzado, a esquerda de Diego. No segundo lance, o atacante testou rente ao travessão antonino. O Santo Antonio só ameaçou aos 7 minutos, quando Jefinho bateu uma falta próxima à grande área, e Rodrigo fez defesa fácil.
Aos 33, Erisson sentiu um problema muscular e deixou o campo, para a entrada de Bruno. E foi dos pés de Bruno que o Moleque Travesso achou o caminho do gol. O meia abriu bola na direita para Victor Hugo. O lateral passou de passagem por seu marcador, foi ao fundo e alçou bola na área para Duzinho, livre de marcação, testar para as redes e fazer 1 x 0 Operário, aos 42 minutos. Resultado da primeira etapa.
O Santo Antonio voltou para a segunda etapa ainda meio que adormecido. O tricolor aproveitou o cochilo, foi pra cima e quase ampliou aos 5, numa cobrança de falta de Kill pela esquerda da grande área, que a bola explodiu no poste esquerdo de Diego, e a zaga teve de se virar para afastar o perigo.
Fortes emoções pareciam ter sido reservadas para a segunda etapa. Mesmo com Gedeon e Jefinho fazendo péssima partida, os antoninos foram determinados e buscavam melhor sorte para suas cores. Aos 23, depois de bate rebate na área, Denis bateu à queima roupa e Rodrigo fez grande defesa, evitando o gol de empate alvianil.
O Santo Antonio foi para a pressão, enquanto o Operário recuou dando espaço no meio campo para os antoninos trabalharem a bola com mais liberdade. De forma inteligente, o Moleque Travesso trazia seu adversário para seu próprio campo, e saia nos contra golpes rápidos.
Aos 29, Gedeon fez boa jogada pela direita, foi ao fundo e cruzou rasteiro para a área. Rodrigo se antecipou e fez outra boa defesa. Numa atitude desesperada, aos 30, Garrafa sacou o atacante Romarinho e mandou o ex-zagueiro Fabricio para o jogo, na esperança de chegar ao empate e tentar uma virada. Não deu certo. Com câimbras, Kill, aos 32, deixou o campo para a entrada de Richard.
Sem muitas opções no banco para reverter um placar que lhe era desfavorável, o Santo Antonio partiu de uma vez para pressão total, mas foi o Operário quem fez mais um. Numa cobrança de falta da intermediária contrária, Bruno soltou um petardo que o goleiro Diego só viu quando já estava nas redes, aos 35 minutos. Fatura liquidada. Operário 2 x 0.
Nos minutos finais, depois de um principio de tumulto, Gedeon e Richard foram para o chuveiro mais cedo, expulsos pelo árbitro. Sem forças para esboçar qualquer reação, os antoninos acabaram por reconhecer a superioridade tricolor. Depois, foi só correr para o abraço, comemorar a conquista do título inédito, e soltar o grito de É CAMPEÃO... É CAMPEÃO... É CAMPEÃO...
FICHA TÉCNICA:
OPERÁRIO: Rodrigo, Victor Hugo, Neguinho, Abimael e Leandro; Dudu(Léo), Erisson(Bruno), Kill(Richard) e Rômulo; Thiago e Duzinho. Treinador: Sidney Francisco
SANTO ANTONIO: Diego, Geismar, Célio Garcia, Romário e Denis; Bila, Toti, Gedeon e Jefinho; Douglas Boquinha(João Robson) e Romarinho(Fabricio). Treinador: Garrafa
ÁRBITRO: João Luis Oliveira, com ótima atuação
ASSISTENTES: Sebastião Fernandes Assis e Alcenir Pereira
FOTO: Bruno(esq) e Duzinho(dir), autores dos gols, e o goleiro Rodrigo, do Operário
E passa a bola!
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